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Mostrando postagens de julho, 2025

Sem nome

Liberdade mesmo é de quem não nasceu. Não está preso em nenhum corpo, consciência ou deveres. Não precisa ser. Não se importa em ter. Talvez nem saiba o que é. Nada importa sua definição. Sem cor, religião, nacionalidade, profissão... E o principal, sem nome. Wellingtton Jorge In memoriam de Bruno — este poema, escrito antes de sua partida, agora ganha novo sentido como singela homenagem à sua memória.

Sexo

Falem o que quiser, mas o sexo com amor é a droga viciante do coração. Como uma roda-gigante — é maravilhoso. Esse movimento orgânico entre os corpos: um sobe, outro desce. Você sobe, eu desço. Alterando a visão, contemplação, prazer e adrenalina. Wellingtton Jorge

Se deixar viver

A vida tem sido apertada. Me fiz caber em você, mesmo sem espaços. Tornei-me pequeno. Tão pequeno — que desapareci de mim. E assim, nunca mais fui aquele. Fui me tornando chuva. Serena chuva — gotas que escorreram no meu rosto, no seu rosto... Pra se deixar de viver — aquela aliança. Wellingtton Jorge

Monjolo

Todos os relógios que tenho, ajustei. Mas, em tudo, chego atrasado. Não é falta de disciplina, organização ou responsabilidade. (Tudo isso tenho demais — minha terapeuta até me pede para me cobrar menos.) Contudo, a vida me deu isso. Vivo correndo para alcançar. Meu tempo voa. Se eu fosse de sangue aristocrata, sei que seria diferente. Meu sangue é Angola, Congo, Benguela, Monjolo, Cabinda, Mina, Quíloa, Rebolo... igual ao Jorge Ben.   Wellingtton Jorge