Do coração sou o maior prisioneiro

Dos maiores medos que um homem pode ter, é o medo de ser prisioneiro do próprio coração. Órgão que nos dá a vida e permite que presenciamos coisas belas e fundamentais, segundo o que nossa espécie considera como essencial para preenchimento da grande lacuna existencial.

Não obstante, o coração é uma estante, onde tais essencialidades ficam guardadas, e sempre que necessitamos paramos em frente e olhamos para tudo que um dia foi colocado ali.

A grande dificuldade é conseguir deixar de olhar tudo que outrora foi colocado como memorial das grandes dores e sofrimentos, ofuscados por risos e gestos contraditórios, entre o sentir e o demonstrar. 

Nele percebemos que há tantas coisas que transformaram o que éramos, no que somos e tantas outras que feriram e fingimos que não. Porém, todos os dias, após o entardecer, paramos e olhamos, vemos tudo o que não queríamos ver e, guardamos para nos aprisionar novamente.


Wellingtton Jorge

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