O dia que acordei Nietzschiano

Foi assim que amanheci o dia, pensando no que faria ou não sentido. Peguei-me olhando para mim, tendo a difícil tarefa de examinar-me. Comecei por sondar meus pensamentos e enxergar as doideiras que neles reinam. Passei por cada sonhos, medos, desejos claros e sombrios, finalizando nos amores. Todo homem possui muitos amores, e todos estão acompanhados do cálice da vaidade. Amamos preencher esses cálices com as bebidas dos deuses, na esperança de sermos iguais a eles. Ora! Estamos anos luz por andar na vaidade e por isso pergunto, qual a razão de tudo?

Nada faz sentido, até o sentido que buscamos ter. Mas do que vaidade e muito além de existir, no final nada permanece, não importa nossos esforços nada permanecerá. Acordei um pouco nietzschiano, com uma breve aparência freudiana, e pensa como essas perguntas filosofias me pegaram de jeito.

Embora não entendendo, fui gostando da ideia de ser um pensador (de alguma forma o pensamento veio até mim, então não posso dizer que é meu, eles apenas me apareceram). Continuei a “nitzschializar”, agora entre o metrô de São Paulo, despojei-me por completo e deixei fluir mais pensamentos iguais, inferi que somos como ilusões corporais e desejos que uma simples brisa suave desfaz. Corremos por causa de papeis, que por algum motivo valem algo. Visto que essa criação humana é tola, e dizem que isso faz parte da evolução sapiens.

Veja como temos a capacidade de nos aglomerar para que juntos finjamos que isso faz sentido. Buscar sentido no sentido alheio não nos faz ter sentido, bem como procurar preenchimento no outro que é vazio, não nos tornará cheios.

Faz sentido, saber que nunca teremos sentido, e isso realmente é a verdade. Não é o pensar que nos tornam um ser. Pois somos gotas de incertezas na imensidão do nada. O vazio é parte de quem somos, e a grandeza de nossas lacunas que fortalece os anseios que temos por crescimento.

Por hoje deixo-me de ser um filosofo, e prossigo com minhas tarefas comuns, torcendo para que esses pensamentos volte e por favor volte, pois em pouquíssimos minutos eu encontrei sentido nos devaneios de minha mente e pude beber do cálice dos deuses.

Wellingtton Jorge

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