Bagunça
Das bagunças que carrego dentro de mim
Sempre há um pouco de tudo
Sempre há um pouco de tudo
Como um baú velho no quartinho dos fundo
Na casa da avó
Tem memórias, momentos e tormentos
A poeira encobre, mas não desfaz a existência
Do que lá dentro tem
O cheiro de mofo misturado com naftalina
Arquitetura gótica das teias de aranha
Segurando a madeira velha
Oca como os corações de alguns
Mas é casa dos cupins
Das bagunças que carrego dentro de mim
Sempre há um pouco de tudo
Euforia do primeiro beijo
A primeira vitória do time da escola
O primeiro emprego, o primeiro cliente
O primeiro sexo e a primeira noite de amor
A primeira vez que os olhos viram o Corinthians no estádio
E a gratidão pela salvação
Das bagunças que carrego dentro de mim
Sempre haverá um pouco de tudo
Incompreensão, gratidão e aprendizado.
Wellingtton Jorge
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