Li Cora Coralina a conheci, vi sua infância foi uma menina estranha e rejeitada Caia demais. Joelhos sempre a sangrar Quando poeta escreve, nos versos ele próprio pode se encontrar Quando outro poeta ler, ali eles podem se amar Não falo do amor éros mas no reflexo dos seres O espelho atemporal dos versos O narcisismo que nos habita e gera pertencimento a história do outro. Posso eu contar a história dela, e fazer da minha o enredo? Posso dizer muito sobre Cora, e você aprender mais sobre mim Somos simples, eu e Coralina Família de sotaques, escassez no banquete da mesa Mas a imaginação sempre foi um alimento diário Nunca faltou, mas também não é de sobrar. Cresceu e viveu na simplicidade E o sucesso chegou, não pelo ter, mas por ser Seu nome já ficou, o meu há de ficar Seremos um do mesmo Já temos algumas coisas em comum A pátria e o lápis, no meu caso o smartphone Gerações mudam e se reeventam, mas os sentimentos ficam a girar n...
Tudo se vai e tudo passa Passa porque o tempo faz isso E para o tempo que foi, trago as lembranças Para o tempo que estou, faço nascer outras tantas Para o tempo que chegará, peço que venha comigo Talvez nos falte vinho E sobre um rosto nu sem maquiagem Talvez nos falte o sorriso, dando lugar ao choro Quem sabe no silêncio dos lábios Os olhos gritarão bem alto? Não prometo o futuro para você Futuro é tempo que se imagina na cabeça Posso sim, prometer o presente Juntos fincar memórias Plantar raízes D'alma Pois tudo se vai e passa Escolheremos ir com o tempo Ou apenas esperar que ele passe? Wellingtton Jorge
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