Vício sadomasoquista de um poeta vingativo
Admiro os que bebem para esquecer Eu escrevo para esquecer Ai depois eu lembro que escrevi E de longe fica o desejo de esquecer o que quero Assim vou me contentando com meu vício sadomasoquista Olha! É tão prazeroso essa dor Essa melancolia de ser escritor Não há beleza ou encantamento no poeta O que há em nós, os poetas, é uma vingança Queremos dar a todos as dores que carregamos nos versos Mas ninguém entende E adoram as palavras como um altar sagrado Embora seja uma desgraça poética profana Wellingtton Jorge